Resumo |
Estima-se que aproximadamente 299 milhões de toneladas de plásticos foram produzidas no ano de 2013 e a progressão é que este consumo continue aumentando até 2020. No entanto, cerca de 60% do que é produzido são plásticos não biodegradáveis, o que os torna persistentes ambientalmente, afetando tanto o meio ambiente como os seres humanos. Diante deste cenário, e como alternativa ambientalmente correta, podemos fazer uso de biopolímeros, os quais podem ser produzidos naturalmente por bactérias em condições específicas de crescimento. Os polihidroxialcanoatos (PHAs), por exemplo, são uma classe de biopolímeros biodegradáveis, biocompatíveis e que possuem uma ampla gama de características devido aos seus 150 monômeros já datados na literatura, podendo servir como potenciais substitutos aos plásticos convencionais. Porém, eles ainda não estão difundidos no nosso cotidiano, pois apresentam alto custo de produção e purificação. Isso se deve principalmente ao substrato utilizado, que na maioria das vezes, são açúcares, e chegam a representar 30% do preço final do produto. Visando diminuir o preço de produção, o objetivo deste trabalho é produzir biopolímeros utilizando bactérias metilotróficas isoladas de ambientes contaminados, capazes de consumir compostos que contenham apenas 1 átomo de carbono em sua estrutura. Neste sentido, metano e o metanol são substratos mais baratos e presentes em abundância no meio ambiente. Além disso, o metano é um importante gás do efeito estufa e componente principal (~70%) do gás natural liberado na exploração de petróleo. Neste contexto, este trabalho está vinculado ao CEPID-RCGI (www.rcgi.poli.usp.br), fazendo uso de processos biotecnológicos para a mitigação de metano para a produção de biopolímeros. (AU) |