Detalhes do Projeto


Nome Planejamento e Síntese de Compostos Bioativos Originados de Algas Marinhas para Combater a Esquistossomose   Projeto FAPESP
Data de Vigência 01/06/2017 - 31/08/2019
Equipe Eliana Nakano Cristina Northfleet de Albuquerque Erika Mattos Stein Kerly Fernanda Mesquita Pasqualoto Pio Colepicolo Neto Fábio Nunes Vieira da Silva SARA GUIBUNDA TAJU Karina de Senna Villar Patricia Aoki Miyasato Rafaela Paula de Freitas
Instituições Participantes Instituto Butantan Instituto de Química/IQ/USP Universidade Pedagógica/UP Alchemy Inovação Pesquisa e Desenvolvimento Ltda.
Bioma _
Resumo A esquistossomose é uma parasitose endêmica causada por vermes do gênero Schistosoma, que tem como hospedeiros intermediários caramujos de água doce. A doença afeta pelo menos 250 milhões de pessoas no mundo, mais de 6,8 milhões no Brasil. Além dos números mostrarem que a eliminação da esquistossomose está longe de ser alcançada, o arsenal químico para o controle da endemia é limitado a dois fármacos. O praziquantel é o único fármaco recomendado para tratamento individual e programas de controle da endemia. Apesar de seguro, não é ativo contra vermes jovens e não previne a reinfecção. A resistência ao tratamento ainda não foi observada clinicamente, mas já foi relatada a ocorrência de parasitas menos suscetíveis ao fármaco em laboratório. Para o controle dos moluscos hospedeiros, há um único moluscicida, a niclosamida, efetivo contra caramujos adultos e ovos, porém bastante tóxico para outras espécies. Produtos naturais têm sido fonte alternativa de compostos ativos, dada a falta de interesse da indústria farmacêutica no desenvolvimento de fármacos para as doenças negligenciadas. Em nossos estudos de screening de compostos de uso potencial no controle da esquistossomose a partir de fontes naturais, foram identificadas algumas espécies de algas marinhas brasileiras do gênero Laurencia e Dictyota com atividade esquistossomicida e moluscicida. Para este estudo, foram selecionadas, inicialmente, 4 dihidroceramidas isoladas da alga L. aldingensis para estudos de identificação de novos protótipos. Dessas, a mais ativa foi selecionada como protótipo nos estudos de modelagem molecular para a proposição de novas entidades químicas. O objetivo deste projeto é a obtenção, por processos sintéticos, de análogos dessa estrutura que possam apresentar uma atividade esquistossomicida similar ou melhor que o produto natural. Estão sendo investigados o tamanho de cadeia alquílica (hidrofóbica) necessário para manter a atividade, a partir da introdução de cadeias lineares saturadas de 6, 8, 12, 18 e 20 carbonos; bem como a modificação molecular de grupos funcionais na “cabeça polar” para otimizar o efeito desejado. Os compostos previstos/planejados serão primeiramente investigados com métodos de modelagem molecular e cálculo de propriedades para direcionar os esforços experimentais de síntese química para os mais promissores.
Produtos Esperados Análogos sintéticos e derivados de compostos isolados de algas marinhas com atividade esquistossomicida ou moluscicida para o desenvolvimento de fármacos para o tratamento e controle da esquistossomose.
Palavras-Chave Algas, BIOPROSPECÇÃO
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