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PELD/BIOTA - Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil Projeto FAPESP |
Resumo |
Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa
Atlântica
O projeto de criar o sitio PELD - Gradiente Funcional da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos
Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque
Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infraestrutura e as linhas de
pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças
Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na
transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de
exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na
composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica?
b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de
emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na
vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como
este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas globais? d) a deposição
de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás
implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada
o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a
composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de
influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas
de crescimento anuais e fenologia, em diferentes altitudes na FOD Atlântica,
permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart.
(Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de
Unidades de Conservação?
O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da
Serra do Mar – Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente
Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos
todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica:
Floresta de Restinga (Picinguaba) – Floresta Ombrófila Densa das Terras
Baixas (Picinguaba) – Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)
– Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila
Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das áreas no Núcleo Caraguatatuba
se justifica pelo objetivo de monitorar, a médio e longo prazo, os possíveis
impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica.
Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de
conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será
possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada a
biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta
Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores
abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma
será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um
recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro
ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos
de medição, o suficiente para determinação de tendências e valores do balanço
líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na
vegetação e no solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio
prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o
item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos
oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em
Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na
questão relacionada ao manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae),
integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por
outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de
coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. |