Detalhes do Projeto


Nome Uso Sustentável da Biodiversidade Brasileira: prospecção químico-farmacológica em plantas superiores da Mata Atlântica e do Cerrado   Projeto FAPESP
Website http://www.ib.unicamp.br/produtosnaturais/
Data de Vigência 01/08/2003 - 31/07/2007
Equipe Coordenadores: Wagner Vilegas (vilegasw@iq.unesp.br) - UNESP/Arrarquara e Alba Regina Souza Brito (abrito@unicamp.br) – IB/UNICAMP Equipe: Botânica: Prof. Jorge Tamashiro, Instituto de Biociências da Unicamp; Prof. Eduardo Ribeiro dos Santos, da Universidade do Tocantins. Farmacologia: Profa. Alba R.M. Souza Brito, Instituto de Biociências, Unicamp; Profa. Clelia A. Hiruma-Lima, Instituto de Biociências de Botucatu, Unesp. Prof. Antonio Zarzuelo, Faculdade de Farmácia, Depto. de Farmacologia, Universidade de Granada, Espanha; Prof. Catalina Alarcon de la Lastra, Faculdade de Farmácia, Depto. de Farmacologia, Universidade de Sevilha, Espanha. Alunos: Ana B.A.Almeida (DR); Walber Toma (DR); Rangel W. Batista (MS); Victor Barbastefano (IC); Alessandra S.B.Fratus (IC). Farmácia: Profa. Clarice Queico Fujimura Leite; Profa. Eliana Varanda; Profa. Maria Stella Gonçalves Raddi, Profa. Iracilda Zeppone Carlos; Profa. Dra. Tais Maria Bauab, todas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Unesp. Prof. Scoot Franzblau, Instituto for Tuberculosis Research, Universidade de Illinois, Chicago, Estados Unidos. Profa. Dra. Ilce Mara de Silus Collus, Universidade Estadual de Londrina, Paraná. Alunos: Soraya D. Varella (DR); Aline H.C. Garcia (MS); Karina F. Devienne (DR); Rodrigo R. Kitagawa (MS); Veronica C.G. Soares (MS); Celso M. Jordão (MS); Fabiana I. Biso (IC); Maira E.I.Nogueira (IC); Mariana H. Passoni (IC); Virgínia D.F.Santos (IC); Daisy N. Sato (DR); Vinicius P. Arantes (MS); Aline Rezende (IC). Química: Prof. Wagner Vilegas, Instituto de Química de Araraquara, Unesp; Prof. Cosimo Pizza, Universidade de Salerno, Itália; Prof. Carlo Bicchi, Universidade de Torino, Itália; Prof. Ivano Morelli, Universidade de Pisa, Itália; Prof. Klaus Albert, Universidade de Tübingen, Alemanha. Alunos: Miriam Sannomyia (PD), Fabio D.P. Andrade (PD), Roberta G. Coelho (DR), Júlio T. Doyama (DR), Ely E.S. Camargo (DR), Marcelo A. Silva (MS), Marcio A. Andreo (MS), Tamara R. Calvo (IC), Crystiane B. Serra (IC), Juliana A. Severi (IC), Karen C.G.Chiqueto (IC).
Instituições Participantes UNESP - Araraquara IB - Unicamp
Bioma Mata Atlântica e Cerrado
Resumo A aparente incompatibilidade entre os estudos químicos e farmacológicos de uma planta pode ser resolvida com a firme disposição em se abordar racionalmente o problema. Os grupos de pesquisas em Química de Produtos Naturais do IQ-Araraquara-Unesp, de Farmacologia de Produtos Naturais do IB-Unicamp e do IB-Botucatu-Unesp e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, Unesp iniciaram colaboração há poucos anos, tendo já produzido um considerável volume de trabalho, com significativos resultados na investigação de plantas com atividade antiúlceras gástricas, anti-oxidante, analgésica, anti-inflamatória, anti-tuberculose, de ação sobre o sistema imunológico, citotóxica e mutagênica. Estas duas últimas atividades correlacionam-se também com atividade anti-câncer. Os resultados originam-se de uma estratégia de pesquisa que parte de informações etnobotânicas e etnofarmacológicas, segue com a realização de ensaios farmacológicos preliminares com extratos ou chás, realiza triagem fitoquímica em busca das classes de compostos presentes nos extratos ou chás, prossegue com o isolamento e identificação estrutural dos componentes neles presentes e utiliza os componentes ou frações enriquecidas para a determinação dos prováveis mecanismos de ação farmacológica envolvida com a atividade detectada. Este projeto propõe dar continuidade ao estudo químico-farmacológico integrado de extratos de plantas, desta vez investigando as espécies que compõe o Bioma Cerrado e Mata Atlântica do Estado de São Paulo, comparativamente ao Bioma Cerrado do Estado de Tocantins, o qual estamos estudando há algum tempo. Na avaliação das atividades biológicas serão investigados os possíveis efeitos tóxicos da espécie. Na ausência do efeito tóxico agudamente detectável, serão investigadas as atividades anti-ulceras (inclusive contra H. pylori), anti-inflamatória, anti-oxidante, analgésica, anti-tuberculose, ação sobre o sistema imunológico, citotóxica e mutagênica. Detectada a atividade, passa-se então à fase seguinte, que é a de investigação dos componentes químicos possivelmente relacionados com a atividade e que podem ajudar a alucidar os mecanismos de ação envolvidos com as atividades investigadas. A caracterização das propriedades analgésica e/ou antiiflamatória será investigada através da ação de substâncias isoladas ou de frações enriquecidas em modelos experimentais específicos utilizando-se de antagonistas da resposta algésica/inflamatória. A determinação da atividade antiulcerogênica será investigada através dos efeitos das substâncias isoladas ou presentes em frações enriquecidas sobre receptores, enzimas e substâncias produzidas em resposta a agressões da mucosa, dentre as quais destaca-se a expressão de novas proteínas relacionadas à reparação de lesões na mucosa, como o fator de crescimento epidermal (EGF). Paralelamente, ensaios de atividade antioxidante (aquela intrinsecamente ligada a alguns mecanismos de atividade antiúlcera), além dos ensaios clássicos de detecção de muco, prostaglandina, somatostatina, gastrina e de antagonismo aos receptores envolvidos com a secreção ácida gástrica, também serão realizados. Serão também conduzidos ensaios de atividade sobre E. coli, Yersinia sp e Aeromonas sp, com destaque ainda para Helicobacter pylori – que está relacionado aos processos ulcerosos – e Mycobacterium tuberculosis – agente causador da tuberculose humana, que afeta hoje milhares de indivíduos, especialmente os imunodreprimidos. Será também avaliada a ação de extratos, frações enriquecidas e substâncias puras sobre o sistema imunológico usando as técnicas de detecção de NO e H2O2. Ainda, serão avaliados os efeitos genotóxicos das drogas vegetais em linhagens celulares, com e sem ativação metabólica, usando linhagens de Salmonella tiphymurium. Finalmente, os possíveis efeitos citotóxicos das drogas serão avaliados pelo teste do Vermelho Neutro em células McCoy. Para o desenvolvimento da parte fitoquímica, pretende-se utilizar técnicas cromatográficas, principalmente aquelas desenvolvidas para análise de substâncias polares (GPC, XAD2, DCCC, HSCC, HPLC, etc) e determinação estrutural por métodos espectroscópicos (EM, UV, IV e RMN). Essas análises, realizadas em conjunto, levarão a uma rede de informações sobre as atividades farmacológicas da planta em estudo. Associadas aos conhecimentos dos componentes químicos da planta, permitirão não apenas estabelecer estratégias mais adequadas para o aproveitamento racional da espécie, mas também fornecerão subsídios para o entendimento dos mecanismos de ação farmacológica.
Produtos Esperados Aprofundar o conhecimento do potencial das plantas do Estado de São Paulo e do Tocantins; Fornecer subsídios para que esse potencial possa ser explorado de maneira sustentável; Fortalecer a integração entre grupos das áreas de Botânica, Química, Farmácia e Farmacologia; Contribuir para a formação de recursos humanos altamente qualificados; Contribuir para minimizar a lacuna existente sobre o conhecimento científico sobre as plantas superiores dentro do projeto Biota/Fapesp, apontado pelo Comitê Assessor Externo.
Palavras-Chave
Coletas 20
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